segunda-feira, 17 de setembro de 2012

Deus…irado?

“Por isso, quem crê no Filho tem a vida eterna; o que, todavia, se mantém rebelde contra o Filho não verá a vida, mas sobre ele permanece a ira de Deus” (Jo. 3:36).
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Deus se ira. Parece difícil entender que isso seja possível, considerando que uma das declarações mais conhecidas da Bíblia é a de que “Deus é amor”. E sabemos que o amor não se ira. Sendo assim, como um Deus que é amor pode se irar?
Acerca desse tema, a primeira coisa a aprender é que a ira de Deus em nada se assemelha à ira dos homens. Embora a designação seja a mesma, esses sentimentos são completamente diferentes. Para entender a diferença que há entre a ira divina e a ira humana, é importante saber que Tiago nos diz que “a ira do homem não produz a justiça de Deus” (Tiago 1:20) e Paulo nos faz ver que “a ira de Deus é revelada do céu contra toda impiedade e injustiça dos homens”(Rm. 1:18). Partindo dessas duas afirmações, sabemos que a ira divina é a ação de Deus executando Justiça, e é por isso que não se confunde com a ira humana, pois esta é incapaz de alcançar o mesmo objetivo. Ao contrário, a ira de Deus é a aplicação da justiça por mãos dAquele que tem pleno direito para isso.
Chegamos a essa conclusão também ao lermos Romanos 3: 5, onde Paulo associa a ira de Deus à aplicação de Sua justiça: “Mas, se a nossa injustiça traz a lume a justiça de Deus, que diremos? Porventura, será Deus injusto por aplicar a sua ira?”. Quando Deus aplica sua ira, Ele traz à lume sua justiça, de forma que esta esteja em perfeita consonância com seu amor.
A verdade de que Deus executa justiça deve produzir em nós dois sentimentos. O primeiro deles é muito claro, o temor, ou seja, a consciência da nossa responsabilidade diante de Deus. Afinal, “uma vez que vocês chamam Pai aquele que julga imparcialmente as obras de cada um, portem-se com temor durante a jornada terrena de vocês” (I Pe. 1:17).
E além de temor, a verdade sobre a ira de Deus produz esperança nos corações daqueles que confiam no Senhor, pois diante da pergunta “não agirá com justiça o Juiz de toda a terra?” (Gn. 18:25), podemos afirmar com toda certeza que sim, Ele agirá com justiça. Isso nos faz descansar, pois “esperamos novos céus e nova terra, onde habita a justiça” (II Pe. 3:13). Ali, o próprio Deus enxugará dos nossos olhos “toda lágrima, e a morte já não existirá, já não haverá luto, nem pranto, nem dor, porque as primeiras coisas passaram” (Ap. 21:4).
Alimentados por essa verdade, e com os corações cheios de temor e esperança, prossigamos para alcançar tudo o que o Senhor tem para nós.
Em Cristo,
Anderson Paz 
Twitter: @andersonpaz

Um comentário:

  1. Acredito que a ira de Deus faz parte de suas ações amorosas. O Senhor nos corrige, submetendo-nos ao Seu perfeito julgamento, para que tenhamos a possibilidade de sermos mudados, a fim de que prossigamos em nossa caminhada pela vida eterna.

    Bom texto!

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